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Luto infantil: como acolher, compreender e ajudar a criança!

Perder um ente querido é difícil em qualquer idade e momento, em outros blogs já falamos sobre luto e o processo de superação. Hoje, vamos falar sobre um assunto mais delicado, o luto infantil, como acolher, compreender e ajudar a criança a lidar com a perda de alguém muito querido.


Sabemos que para o adulto é difícil e, por vezes, angustiante explicar a morte para uma criança, ainda mais se está passando pelo luto e a dor da perda, como acolhemos a dor de alguém se por vezes não entendemos a nossa?


Primeiro passo para o acolhimento do luto infantil

Primeiro é importante entender que a compreensão da criança sobre a morte é definida conforme idade e contexto familiar que ela está inserida.

  • 3 anos: entende a morte como a falta de alguém, mas que pode ser reversível, por vezes, aguarda o retorno da pessoa.

  • 3 aos 7 anos: entende a falta e a ausência da pessoa, começa a compreender que a pessoa não volta mais.

  • A partir dos 7 anos: entende que a morte é inevitável e irreversível.

As vezes, a primeira experiência que a criança tem sobre a morte é a perda de uma animal de estimação, como gato ou cachorro. Essa dor não pode ser ignorada, por meio dela que a criança pode começar a compreender sobre a finitude da vida e a entender seus sentimentos.


É importante perceber o comportamento da criança e escutar sobre como ela se sente ou o que ela entende que está acontecendo, assim, o adulto também consegue saber o que a criança entende sobre morte, e esse pode ser um ponto de partida para falar sobre o assunto.


O que devo falar?

Primeiro é muito importante não mentir ou esconder informações, pois crianças são muito observadoras e percebem com facilidade mudanças de humor e rotina, mesmo que não saiba o porquê. Além disso, não responda as perguntas com silêncio, isso faz com que a criança se sinta sozinha e desamparada.

Cuidado com as metáforas sobre a morte, evite dizer que a pessoa foi realizar uma longa viagem, isso cria a expectativa de um retorno que não irá acontecer, isso pode mexer com a segurança e habilidade da criança de confiar em alguém.

Procure usar metáforas que podem ser vistas ou explicadas com mais facilidade, um bom exemplo é a metáfora da plantinha.


Compare a vida com uma plantinha, fale sobre o ciclo de vida de uma planta e mostre que os seres vivos nascem, crescem, “perdem folhas” e morrem.


Se você sentir que não há o que falar, diga que irão descobrir o sentido do momento juntos, isso reforça os laços e mostra para a criança que ela não está sozinha.


E no funeral, a criança pode participar? O ritual de passagem e despedida pode ser diferente de família para família, mas de modo geral é importante escutar a opinião da criança, se ela gostaria de participar. Mas antes, explique o que é a cerimônia de despedida, porque é realizada, se possível diga quem vai estar no local, para que a criança sinta-se mais tranquila se quer participar do momento ou não.


E se o luto não passar?

As crianças podem expressar o luto de forma diferente, mas de modo geral podemos dividir em quatro fases:

  • Revolta

  • Barganha

  • Depressão

  • Aceitação

As fases não são bem definidas e por vezes é mais difícil identificar como a criança está se sentindo, se perceber que o diálogo está difícil busque ajuda profissional e quando possível faça o acompanhamento psicológico de toda a família.


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